Grandiosa, colossal
Beleza que os olhos dissolve
Perde-se de vista no horizonte
Pretensiosa para dividir o bem e o mal
Fortaleza que conflitos não resolve
Eterna para maravilhar
Que a chuva incessante não me barrou
Visão lacrimosa, fez lento o meu palmilhar
O céu, sim, parece que se rebaixou
Nuvens descendo em marcha
Em caravana para a este monumento se curvar
A guia a me guiar me disse:
Não adianta, único lugar que não tem começo
Não tem ponto-de-partida nem de chegada
Com incessante caminhar
Não chegaremos a lugar algum
Sim, a um ponto no meio do caminho
- Gui, você escolhe onde é o seu fim
Então caminhei
A chuva caiu, para testar a ambição
De tabela, também, veio misericordiamente
com gotas gordas a me refrescar
Empolgado e ensopado, galguei cada degrau
- Thi, tá faltando tênis com shushi na meia-noite, não?
Pensei...
O fôlego, então, aos poucos desfaleceu
O ânimo paulatinamente se esvaiu
Cansei, encontrei o meu fim
Humildemente, parei sem me boicotar
Até o momento
Pois a vida não acaba assim, nem ali
Cume, parada final
Dali, não pude ultrapassar
Uau, ufa, surreal
Paisagem intocada
Mas cheira a tinta fresca
Tela que parece que pintada por Dalí
Parei meu palmilhar
Os pés trêmulos de tanta fatiga
Restou-me a minha própria respiração escutar
Sentar, contemplar o cenário de cima da muralha
E, em meditação, me elevar
Naquele momento
Unicamente, a muralha se encontrava acima das nuvens
O meu encontro com o divino,
ela, de caso pensado, pretendia facilitar
E uma mensagem, sutilmente
Aos pés de meus ouvidos soprar:
Não há muralha maior que esta
Senão aquela que há dentro de você
Que lhe deixa inseguro
Ansioso ou em cima do muro
Muralha que separa o homem velho do homem novo
Que guerreiam em seus lados opostos, murro após murro
Muralha que criamos para nós mesmos
com desnecessária imaginação
Mas muralha quebrantável
Por um único desejo
Inalienável e verdadeiro
Bem intencionada
Forte, extensa e grandiosa
Ação
Guilherme Ferreira
Beleza que os olhos dissolve
Perde-se de vista no horizonte
Pretensiosa para dividir o bem e o mal
Fortaleza que conflitos não resolve
Eterna para maravilhar
Que a chuva incessante não me barrou
Visão lacrimosa, fez lento o meu palmilhar
O céu, sim, parece que se rebaixou
Nuvens descendo em marcha
Em caravana para a este monumento se curvar
A guia a me guiar me disse:
Não adianta, único lugar que não tem começo
Não tem ponto-de-partida nem de chegada
Com incessante caminhar
Não chegaremos a lugar algum
Sim, a um ponto no meio do caminho
- Gui, você escolhe onde é o seu fim
Então caminhei
A chuva caiu, para testar a ambição
De tabela, também, veio misericordiamente
com gotas gordas a me refrescar
Empolgado e ensopado, galguei cada degrau
- Thi, tá faltando tênis com shushi na meia-noite, não?
Pensei...
O fôlego, então, aos poucos desfaleceu
O ânimo paulatinamente se esvaiu
Cansei, encontrei o meu fim
Humildemente, parei sem me boicotar
Até o momento
Pois a vida não acaba assim, nem ali
Cume, parada final
Dali, não pude ultrapassar
Uau, ufa, surreal
Paisagem intocada
Mas cheira a tinta fresca
Tela que parece que pintada por Dalí
Parei meu palmilhar
Os pés trêmulos de tanta fatiga
Restou-me a minha própria respiração escutar
Sentar, contemplar o cenário de cima da muralha
E, em meditação, me elevar
Naquele momento
Unicamente, a muralha se encontrava acima das nuvens
O meu encontro com o divino,
ela, de caso pensado, pretendia facilitar
E uma mensagem, sutilmente
Aos pés de meus ouvidos soprar:
Não há muralha maior que esta
Senão aquela que há dentro de você
Que lhe deixa inseguro
Ansioso ou em cima do muro
Muralha que separa o homem velho do homem novo
Que guerreiam em seus lados opostos, murro após murro
Muralha que criamos para nós mesmos
com desnecessária imaginação
Mas muralha quebrantável
Por um único desejo
Inalienável e verdadeiro
Bem intencionada
Forte, extensa e grandiosa
Ação
Guilherme Ferreira
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