Estes olhos que a terra há de comer
São os mesmos que me permitem enxergar
O que quero e não posso ver
O que não vejo e me faz alienar
Assim podemos viver a nossa cegueira diária
Viver sem crer
Crer sem viver
Ver sem crer
Crer sem ver
Um caminhar sem visão
Faz-nos tropeçar
Tombos feridos
Dor que certamente não remedia em vão
Então de tanto tombar
Hei de acordar
Os meus olhos se abrirão
Um novo mundo ante a mim renascerá
Mais uma oportunidade de aprender
O sensível, belo e extasiante
Exercício do olhar
Guilherme Ferreira
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